Simão ou Symone? Tanto faz. O que importa são as histórias.
Quem o vê pelas ruas pensa logo numa estrela saída de um filme das décadas de glória de Hollywood. Porém, Simão nasceu numa madrugada de 1997, no hospital de Santarém, às 01h53.
Symone só ganhou vida em 2016, inspirada em “No Teu Poema”, de José Luís Tinoco, poema interpretado por Simone de Oliveira. A sua história são duas histórias que se cruzam numa única vida – vivida numa ambivalência entre o Ribatejo e as noites lisboetas, na eterna procura do amor.
O amor familiar nunca bastou para preencher todas as camadas de personalidade e de desejo. Um desejo de viver uma vida como um sonho. Existe nele um vazio que afeta a alma e invade o corpo, a pele, e o coração. Mas também uma felicidade que se esconde nos braços dos amigos e na linha branca da saudade.
Saudade de algo que, quem sabe, jamais existirá. O seu mundo não cai. Este mundo não é quebradiço nem frágil. E a verdade talvez esteja escondida no fumo esvoaçante que saiu do cigarro que estava nas suas mãos, quando o vi dançar pela última vez.
Curadoria: Mário Cruz